Anestesia dentária: entenda como funciona na extração do siso
A visita a um dentista e a possibilidade de realizar qualquer procedimento que envolva anestesia dentária causa pavor em muitas pessoas, o que pode prejudicar tratamentos comuns, como a extração de dentes do siso.
Também conhecidos como terceiros molares ou dentes do juízo, o nascimento desses dentes costuma, em decorrência de sua erupção, causar dor leve à moderada e incomodar pacientes, que acabam recorrendo à cirurgia para removê-los.
Em uma consulta ao dentista, a extração também pode ser a alternativa mais recomendada quando houver condições como problemas para higienizar a região, desalinhamento nos dentes ou presença de cistos, ou tumores no local.
Para tornar o procedimento viável, é imprescindível recorrer à anestesia. Na maioria dos casos de dentes do siso, utiliza-se sua versão local. Com ela, bloqueiam-se os estímulos nervosos responsáveis pela dor durante algumas horas.
Ao contrário do que os pacientes acreditam, a substância anestésica causa mais dor do que a perfuração da agulha em si, já que distende os músculos e tem composição ácida, capaz de despertar queimação antes que faça efeito. Para entender melhor como funciona a anestesia dentária e como ela é feita ao extrair os sisos, continue a leitura!
Quais são os tipos de anestesias dentárias existentes?
As anestesias locais dentárias promovem perda temporária de sensações e dores sem que com isso seja reduzido o estado de consciência do paciente. Cada caso é avaliado individualmente, de acordo com o problema apresentado pelo paciente e seu quadro clínico, analisado pelo dentista e são subdivididas em:
- Anestesias tópicas: são aplicadas em pomadas ou géis, apresentam tempo reduzido de ação e são indicadas em procedimentos mais simples, como remoção de dentes de leite.
- As anestesias injetáveis: são locais e têm efeito de duração médio entre duas e três horas. Podem, entretanto, atingir até dez horas de ação e se dividem nos subtipos de infiltração local, bloqueio regional ou bloqueio de nervo.
- Anestesia sem agulha: consiste em um jato de líquido anestésico aplicado na pele por meio de um micro-orifício que penetra na mucosa e é borrifado sobre ela uniformemente, tudo em uma fração de segundo.
- Sedação com oxido nitroso e sedação endovenosa: é feita à base de gás que contém óxido nitroso, não anula a dor, mas é capaz de relaxar o paciente para condução do procedimento, podendo ou não ser associada ao anestésico.
As anestesias dentárias podem causar efeitos colaterais?
A aplicação de anestesia dentária pode apresentar alguns incômodos e efeitos colaterais que variam de acordo com o organismo de cada paciente. Entre os mais comuns, estão a dormência que afeta os movimentos faciais, especialmente na região da boca.
Isso ocorre pelo fato de o tempo de duração do procedimento frequentemente ser inferior ao período de ação da anestesia dentária, fazendo com que o paciente sinta lentidão ao movimentar sua musculatura enquanto fala ou mastiga. Há relatos de dificuldades até mesmo de mexer a região dos olhos, tendo problemas ao piscá-los ou ao tentar fechá-los.
Inchaços e hematomas costumam ser relatados quando a aplicação da anestesia na pele acerta algum vaso sanguíneo do paciente, assim como em quaisquer outros tipos de injeções.
O nervosismo do indivíduo ou condições de seu organismo podem gerar também arritmias cardíacas, já que a anestesia é composta por substâncias vasoconstritoras, que afetam diretamente o ritmo dos batimentos do coração do paciente. Sua utilização na fórmula é necessária para que o organismo absorva o componente anestésico de modo mais lento e seguro.
Tonturas são efeitos colaterais que podem estar relacionados à dose ou à fobia do medicamento. Já reações alérgicas são raras, agravadas em detecções de inchaço nas vias respiratórias, normalmente podem ser evitadas com anamnese realizada pelo dentista.
A anestesia dentária em casos de extração dos sisos é contraindicada para:
É raro que uma anestesia não funcione ou tenha seu efeito comprometido, mas alguns organismos podem apresentar resistência dificultando sua ação.
O que há de diferente na anestesia dentária em casos de extração dos sisos?
No caso do paciente que vai remover um ou mais dentes do siso, a anestesia é aplicada pelo próprio dentista em seu consultório e não requer uma estrutura hospitalar para atestado de segurança.
Feita com seringa carpule de metal, a anestesia é local e a extração de siso costuma levar de 60 a 120 minutos, em média.
Apenas quando o siso está em uma posição desfavorável pode ser necessário recorrer a uma cirurgia com anestesia geral, mas são casos raros, que passam pela avaliação do dentista a fim de proporcionar bem-estar ao paciente.
Para pacientes ansiosos ou que tenham fobia de agulha, hoje, felizmente, há opções mais tecnológicas confortáveis a quem se submete ao procedimento, como aparelhos computadorizados.
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Dr. Henrique Taniguchi | CRO 8865
O Dr. Henrique Taniguchi é um dos sócios-proprietários do Centro de Cirurgia Oral e possui 15 de anos de experiência na área da saúde.
É especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial pela USP, uma das mais renomados do país, além de Mestre e Especialista em Implantodontia pela Faculdade de Medicina e Odontologia de São Leopoldo Mandic (SLM/SP) e profissional certificado pela Associação Brasileira de Odontologia (ABO – GO) pelo curso de Imersão e Reconstrução Peri-Implantar.