É importante saber como aliviar a dor no dente do siso, uma sensação incômoda causada por inflamação e que pode se manifestar várias vezes, até que o último dente da boca complete o seu nascimento. Algumas medidas simples ajudam a amenizar o desconforto.

O perturbador dente do siso é famoso pelos incômodos que, na maioria das vezes, surgem quando ele está nascendo. Também conhecido como terceiro molar, o dente do siso é considerado desnecessário pela maioria dos especialistas.

Muitos defendem a ideia de que não precisamos dele na nossa alimentação, e que é muito mais aconselhável extraí-lo do que mantê-lo. No entanto, a extração só é necessária quando o siso atrapalha o alinhamento dos dentes ou causa dores e inflamação nas gengivas.

Por que o dente do siso causa dores?

Essas dores aparecem em decorrência de toda confusão que esse dente causa. Normalmente nossa boca não tem espaço suficiente para esses dentes, o que força o siso a empurrar todos os outros para conseguir o seu lugar.

Além disso, ao abrir espaço ele acaba inflamando a gengiva. Tudo isso dificulta a alimentação, atrapalha noites de sono e impede até mesmo a comunicação. Como o siso empurra os outros dentes, ele pode deixar seu sorriso desalinhado.

Como aliviar dor no dente do siso?

1. Mastigue de um lado só

Se você está sofrendo com dores por causa do nascimento dos sisos, o ideal é não mastigar do lado em que o dente está nascendo. Claro que isso não resolve o problema, mas ajuda a aliviar a dor.

Experimente também uma goma de mascar no lado em que sente a dor. A goma funciona como uma massagem e pode aliviar a dor temporariamente.

2. Faça bochechos

Faça bochechos com água quente salgada. Esquente um pouco de água e acrescente sal, em seguida bocheche por 30 segundos e depois cuspa. Repita algumas vezes ao dia — e não tome a água! O procedimento ajuda a diminuir a dor moderada do dente do siso.

3. Use bolsa de água quente

O calor pode ser um bom aliado na hora de combater aquela dor insuportável causada pelo nascimento dos sisos. Nesse caso, você pode utilizar uma bolsa de água quente.

Apara aliviar o incômodo, apoie uma bolsa de água quente no lado do rosto que está incomodando. O calor ameniza a dor causada pela inflamação.

4. Tome analgésicos

Quando a dor é muito intensa e todos os métodos alternativos já foram utilizados sem sucesso, a medicação é a única opção para aliviá-la.

Analgésicos de venda livre, como o paracetamol, são ótimas alternativas. Antes de tomar o remédio, você deve ler as instruções de dosagens e se atentar às advertências — lembrando que é sempre aconselhável consultar um médico em caso de dúvidas.

5. Faça mudanças na sua alimentação

Quando o dente siso estiver causando dores, você precisa mudar alguns hábitos alimentares. Alimentos muito duros como carnes, amendoim e torresmo devem ser evitados. O ideal é adotar uma dieta líquida ou mais pastosa, pois isso facilita o processo mastigatório e ajuda a não intensificar a dor.

6. Vá ao dentista

A melhor forma de aliviar a dor causada pelos sisos é consultar o dentista. Depois de realizar alguns exames e avaliar o seu caso, o dentista vai indicar o melhor tratamento para aliviar definitivamente os sintomas. Na maior parte das vezes, a extração é a melhor opção, pois como já dissemos no início do post, a maioria dos dentistas julga que o siso é desnecessário.

A falta do siso não interfere na funcionalidade dos outros dentes, muito pelo contrário, já que muitas vezes ele mais atrapalha a harmonia facial do que ajuda. Caso o incômodo seja proveniente do nascimento do dente, o dentista pode apenas receitar um medicamento se identificar que o siso não vai interferir negativamente na sua saúde bucal.

Quando fazer a cirurgia para extração dos sisos?

Como dissemos no início do texto, nem sempre há a necessidade de extrair os dentes de siso. Embora eles causem um pouco de incômodo na hora de nascer, nem sempre eles prejudicam a saúde bucal do paciente ou atrapalham a estética do sorriso.

Na verdade, cada caso é um caso, e o dentista vai avaliar com cuidado cada circunstância. Quando o dente está bem posicionado na arcada e não atrapalha os dentes vizinhos ou a bochecha, o único cuidado necessário é em relação à higiene bucal, já que ele é mais difícil de limpar, pois fica bem no cantinho da boca.

A extração pode ser necessária nas seguintes situações.

Quando o siso causa desalinhamento dentário

Nem sempre há espaço na arcada dentária para que o dente siso se encaixe. Nesses caso, ele vai empurrar os outros dentes, deixando o sorriso torto. Sendo assim, precisa ser retirado.

Quando o paciente faz tratamento ortodôntico

Muitas vezes o paciente faz tratamento ortodôntico e precisa de espaço livre na arcada para que todos os dentes se encaixem com precisão. Para não remover um dente que seja mais funcional, o dentista faz a extração do siso com a finalidade de que os resultados do uso do aparelho dentário sejam satisfatórios.

Quando o siso causa dores e inflamação

Quando o dente começa a doer sem motivo ou fica inflamado, a extração é a melhor saída. Aliás, essa é uma das causas mais comuns da retirada desse dente.

Quando o siso está incluso ou semi-incluso

É bastante comum que o siso fique retido em parte ou em sua totalidade na mandíbula ou no maxila. Nesses casos, ele permanece dessa forma por tempo indeterminado, trazendo consequências negativas para a saúde bucal do paciente. Sendo assim, o siso precisa ser removido para garantir a integridade bucal da pessoa.

Quando o dente siso não é funcional

Quando um dente siso aponta totalmente na arcada dentária enquanto seu antagonista fica incluso ou semi-incluso, o dente que está aparecendo na boca perde sua função mastigatória. Isso acontece porque é necessário que os dentes da arcada inferior e superior tenham contato durante o processo mastigatório para triturar os alimentos.

Quando esse contato não acontece, o dente perde sua funcionalidade e deve ser extraído.

Quando há presença de cáries profundas

Quando o dente do siso está acometido por cárie profunda, a extração é a melhor solução de tratamento. Isso acontece porque um canal em um siso é totalmente inviável, devido à complexidade do procedimento. Além disso, um canal em um siso tem um custo bastante alto.

Quando o paciente sofre com muitas dores de cabeça e nos ouvidos

Em muitos casos, quando o dente siso não aponta totalmente, ele pode causar muitas dores na área da face. Essa dor, por sua vez, pode ser irradiada para a região do ouvido, das têmporas e do pescoço — daí o paciente se refere à dor de cabeça, o que é verdade, pois trata-se de uma cefaleia causada por problemas dentários.

Como é a cirurgia de retirada do siso?

Enquanto para alguns pacientes a extração do dente siso é muito tranquila, para outros o pós-operatório é um verdadeiro martírio. Isso acontece porque pode haver dor e inchaço após a cirurgia. Tudo isso depende da posição do siso, pois quando ele está preso na estrutura óssea da mandíbula ou maxila, o processo cirúrgico é mais complexo.

Outro fator que contribui para que o processo se extração do siso seja mais complexo é quando ele apresenta uma raiz muito curva. Para definir que tipo de intervenção será necessária, o dentista vai pedir exames radiográficos para verificar a posição do terceiro molar e o formato de sua raiz.

Para amenizar o desconforto causado pela extração do dente de siso, é importante que o paciente tome alguns cuidados. Nos primeiros dias, é interessante fazer compressas de gelo para amenizar a dor e o inchaço. Além disso, o paciente não deve ingerir alimentos quentes nem consumir bebidas alcoólicas — tampouco fumar no período pós-operatório.

Atividades físicas também devem ser evitadas nos primeiros dias pós-cirurgia. Seguir todas as recomendações do dentista evita que o processo de recuperação seja mais longo do que o necessário.

Agora que você já sabe como aliviar dores causados pelo dente de siso, está na hora de saber mais detalhes sobre como funciona a extração do terceiro molar.

Você sabia que sentir dores fortes, incômodos ou sensibilidade na região bucal é sinal clássico de uma infecção dentária? Também chamado de abscesso, esse quadro é desenvolvida devido ao acúmulo de pus causado por bactérias infiltradas que se multiplicam rapidamente, principalmente por causa de uma limpeza insuficiente da cavidade oral.

Além disso, esse problema, muito mais sério do que a maioria das pessoas pensam, pode resultar em consequências graves para a sua saúde bucal e geral se não for tratado adequadamente.

Quer saber mais sobre infecção dentária? Neste artigo separamos as informações mais relevantes sobre o assunto. Vamos conferir?

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O que é a infecção dentária?

A infecção dentária é definida pela infiltração de bactérias na cavidade dental, as quais ficam alojadas entre a gengiva e o osso, atingindo inclusive a sua raiz. Assim, a infecção pode ser classificada de duas formas:

  • periapical, se a região infeccionada for a ponta da raiz; 
  • periodontal, quando a infecção acomete apenas a gengiva ao redor da estrutura dentária.

É importante destacar que essas bactérias fazem parte da microbiota bucal, ou seja, elas sempre estão presentes na região e participam das primeiras etapas do processo digestivo. A infecção é desencadeada pelo excesso de microrganismos que se multiplicam devido a resíduos de alimentos não retirados por uma boa higienização, o que cria um ambiente propício para que elas invadam as estruturas dentárias mais facilmente.

Quais são os sintomas?

São diversos os sintomas que caracterizam um abscesso dental. Entre os mais comuns, estão:

  • dor de dente manifestada de forma aguda e latejante;
  • gengivas avermelhadas;
  • sangramento e pus;
  • inchaço nas gengivas e bochechas;
  • dores intensas durante a mastigação;
  • dificuldades na deglutição;
  • mau hálito.

Além disso, os sintomas da infecção dentária são ampliados devido à reação imunológica do organismo, resultando também em:

  • febre; 
  • inchaço de gânglios linfáticos, principalmente da região do pescoço e cabeça.

O que causa o abscesso dental?

As infecções, caracterizadas pela penetração e multiplicação de bactérias na gengiva ou nas estruturas do dente, têm diversos fatores desencadeantes. Entre os principais, certamente está a falta de higiene bucal.

Por esse motivo, fazer uma boa escovação logo após as refeições e passar fio dental todos os dias, além de realizar visitas periódicas e preventivas ao dentista, é indispensável para manter a condição dentária em bom estado e evitar o acúmulo e reprodução de bactérias que podem causar uma infecção.

Além disso, dietas com excesso de açúcar e alimentos industrializados que possuem acidulantes em sua composição induzem ao surgimento de gengivite, uma inflamação na gengiva, e cáries, que são desgastes no esmalte do dente, ambos problemas que propiciam ainda mais o desenvolvimento das infecções.

Procedimentos dentários mais invasivos, como um tratamento de canal, também podem resultar em um abscesso, devido à exposição de estruturas internas do dente.

Ademais, pessoas que possuem um sistema imunológico mais fraco, como idosos, crianças e pacientes em tratamento de câncer, estão mais propensos a desenvolver infecções dentárias, inclusive as manifestações mais severas e agravos.

Quais complicações podem ocorrer?

Não realizar o tratamento necessário para curar uma infecção dentária é sinônimo de problemas ainda piores. Primeiro, essa infecção desenvolve uma inflamação no local, sendo que as dores são crescentes e tornam-se insuportáveis.

Com o passar do tempo, o dente infeccionado deixa de inflamar e manifestar sintomas como inchaço e dor. No entanto, isso não quer dizer que a infecção cessou. Ao contrário, ela estará camuflada e poderá atingir regiões ainda mais internas do dente.

Assim, a polpa da raiz é extremamente atingida, podendo necrosar e morrer, fazendo com que o paciente perca por completo a sensibilidade no local. Além disso, a infecção pode atingir também os ossos da boca, mandíbula ou maxilar, provocando um quadro chamado de osteomielite.

No entanto, algo desconhecido pela maioria das pessoas é que a infecção dentária não tratada atinge também outras partes do corpo, provocando quadros tão graves que podem até levar o paciente a óbito.

Entre os exemplos desses agravos está a migração de bactérias para os seios da face, que são espaços vazios entre os ossos do rosto e do crânio, provocando sinusite. Esses microrganismos podem atingir ainda alguma veia, caindo na corrente sanguínea e afetando órgãos vitais como o cérebro e o coração.

Se chegarem às válvulas cardíacas, essas bactérias podem causar a endocardite, uma inflamação grave, especialmente para os pacientes cardíacos.

Em casos raros, mas nunca descartados, um quadro chamado de sepse, ou infecção generalizada, pode ocorrer. Muitas vezes fatal, essa condição é decorrente da resposta do organismo contra a infecção, e pode danificar os seus próprios órgãos e sistemas de forma severa.

O que devo fazer se desconfiar de uma infecção dentária?

Ao sentir os primeiros sintomas de uma infecção, que incluem dores fortes na região bucal, a primeira reação de grande parte da população é se automedicar com algum analgésico ou anti-inflamatório.

Entretanto, essa não é a melhor conduta a ser tomada, porque esses medicamentos são paliativos, ou seja, amenizam os sintomas mas não curam o abscesso. Então, se você desconfiar que qualquer foco de infecção está se desenvolvendo dentro da sua boca, o melhor a se fazer é procurar um dentista imediatamente.

Consultando-se com um profissional habilitado para fazer o diagnóstico adequado do seu caso, o tratamento será estabelecido, podendo incluir o uso de antibióticos (o mais comum) — comprados apenas com prescrição —, um tratamento de canal ou até a extração do dente.

Antibióticos

Para o tratamento com antibióticos ser eficiente, é necessário que você respeite as dosagens, horários e quantidade de dias que o medicamento deve ser tomado.

Se você ainda estiver no meio do tratamento e sentir uma melhora total dos sintomas, isso não significa que está permitido parar com a medicação. Você deve tomar o antibiótico até o fim, para que a infecção seja realmente curada e não selecione bactérias resistentes, mais difíceis de eliminar e que podem provocar todas as complicações citadas no tópico anterior.

Assim, não menospreze uma dor no dente, procure sempre um dentista de confiança e realize o tratamento indicado corretamente. Essa é a melhor maneira de evitar uma infecção dentária, prevenir complicações manter a saúde bucal e geral em dia.

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